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Introdução

Em nossa sociedade atual, podemos notar que um dos grandes vilões da adolescência é, incontestavelmente, o bullying. A legislação define o bullying como qualquer tipo de agressão (física ou psicológica) repetitiva, sem motivo aparente e com a intenção de machucar a vítima. Sem dúvidas, este é um dos problemas da sociedade e que precisa de uma solução imediata.
Certamente podemos afirmar que nossa sociedade era mais ignorante em certos assuntos, e por causa disso, apenas agora esse assunto está sendo discutido.
Com este trabalho: veremos como as pessoas ao nosso redor estão informadas acerca do bullying, como elas participaram do bullying, e, com base nos resultados, tentaremos elaborar uma solução para o bullying, com o auxílio de nossos professores.

Justificativa

Nós tivemos a ideia de escolher este tema (bullying) justamente por ser um tema que está sendo muito discutido, inclusive no âmbito escolar (que é o principal alvo desta pesquisa). Consideramos o bullying como um tema polêmico e que precisa ser debatido. Também temos o consenso de que o bullying tem a necessidade de ter uma maior atenção da sociedade, além de que o bullying não é simplesmente o ato de agredir pessoas fisicamente, como imaginam algumas pessoas. Teve-se a ideia do tema durante a aula de Legislação Aplicada e Ética Profissional (LAEP), na qual o assunto da aula era o bullying e o cyberbullying.

Objetivos

Com este trabalho, temos os objetivos de:
  • Identificar o conhecimento das pessoas sobre o assunto;
  • Informar a população sobre o bullying, os riscos, suas características e como identificá-lo;
  • Analisar o comportamento das pessoas diante de casos de bullying;
  • Buscar soluções possíveis para o bullying.




População e amostra

Neste trabalho, será considerada uma população de 369.368 pessoas, sendo essas da cidade de Bauru (pode haver pessoas de outras cidades, mas o esperado é que elas sejam da cidade de Bauru).
A amostra é de aproximadamente 153 pessoas de Bauru.

 


Questionário


  1. Qual a sua idade? (João V. 17)
    ____________________
  2. Qual o seu gênero? (João V. 17)
    ( ) Masculino
    ( ) Feminino
  3. Você sabe o que é bullying? (Marcos N° 25)
    ( ) Sim
    ( ) Não
    ( ) Já ouvi falar
  4. E intimidação sistemática? (Marcos N° 25)
    ( ) Sim
    ( ) Não
    ( ) Já ouvi falar
    ( ) Não tenho certeza
  5. Você já presenciou bullying? (Marcos N° 25)
    ( ) Sim
    ( ) Não
    ( ) Não lembro
  6. Se você presenciasse um ato de bullying, como você agiria? (Ian 15)
    ( ) Eu apenas assistiria
    ( ) Ajudaria a pessoa
    ( ) Eu fugiria
    ( ) Não sei
  7. Você já praticou ou praticaria bullying? (Ian 15)
    ( ) Sim
    ( ) Não
    ( ) Talvez
  8. Você já sofreu bullying? (Ian 15)
    ( ) Sim
    ( ) Não
    ( ) Não sei
  9. Caso você já tenha sido uma vítima
    como agiu? (Lucas H. 21)
    ( ) Não contei a ninguém, apenas deixei acontecer
    ( ) Queria dizer a alguém, mas tinha medo de piorar a situação
    ( ) Eu contei a um adulto e as coisas melhoraram
    ( ) Eu contei a um adulto, mas não adiantou
    ( ) Outros
  10. Nas escolas em que você estudou, haviam medidas de prevenção ao bullying? (Lucas H. 21)
    ( ) Sim
    ( ) Não
    ( ) Sim, mas não em todas
    ( ) Não sei
  11. Você considera importante que haja essa prevenção? (Lucas H. 21)
    ( ) Sim
    ( ) Não
    ( ) Sim, mas não há tanta necessidade
  1. Se alguém presencia um ato de bullying, essa pessoa está participando do bullying? (Dhiego 7)
    ( ) Sim
    ( ) Não
    ( ) Não sei
  2. Quem é o responsável pelo bullying? (Dhiego 7)
    ( ) A vítima
    ( ) O agressor
    ( ) O espectador
    ( ) A vítima e o agressor
    ( ) Todas acima
  3. Em qual faixa etária você acha que ocorrem mais casos de bullying? (Dhiego 7)
    ( ) Crianças
    ( ) Adolescentes
    ( ) Adultos
    ( ) Idosos
  4. O que você acha que leva o agressor a praticar bullying? (João V. 17)
    ( ) Problemas pessoais
    ( ) Por diversão
    ( ) Para não ser uma vítima
    ( ) Por popularidade
    ( ) Outros
  5. Em sua opinião, qual é o objetivo principal do agressor ao praticar o bullying? (João V. 17)
    ( ) Humilhar a vítima
    ( ) Ferir a vítima, fisicamente ou psicologicamente
    ( ) Atormentar a vítima
    ( ) Todas acima
    ( ) Outros
  6. Em sua opinião, qual a característica alvo dos agressores? (João V. 17)
    ( ) Altura
    ( ) Peso
    ( ) Raça
    ( ) Sexo
    ( ) Outros
  7. Em sua opinião, quais são os tipos de agressões mais praticadas? (João V. 17)
    ( ) Apelidos
    ( ) Xingamentos
    ( ) Agressões físicas
    ( ) Roubo de pertences
    ( ) Outros




Considerações finais

Em suma, todos nós do grupo temos a conclusão de que o bullying é um assunto sério e que precisa ser combatido.
Ao analisarmos os resultados, notamos que as pessoas conhecem o termo bullying, mas desconhecem intimidação sistemática. Isso demostra o desconhecimento acerca do assunto. Notamos também que a faixa etária mais afetada é a dos adolescentes.
Chegamos a conclusão de que, para que o bullying possa ser combatido, precisa-se de mais conscientização nas escolas, além de maior apoio psicológico para os alunos, para que estes se sintam confortáveis e possam superar o bullying.
Por fim, não acreditamos que o bullying era mais ou menos forte que antigamente, mas sim que ele está sendo mais discutido atualmente.

Dificuldades e sugestões

Durante o desenvolvimento do trabalho anual, tivemos poucas dificuldades, entre elas o problema em conseguir respostas suficientes, o que acreditamos que é devido ao fato de que algumas pessoas se sentem desconfortáveis ao falar sobre o bullying.
Com relação à sugestões, temos a conclusão de que, como foi citado acima, precisa-se de mais conscientização nas escolas, além de maior apoio psicológico para os alunos, para que estes se sintam confortáveis e possam superar o bullying.



Texto 1

Pesquisa aponta que 20% dos alunos praticaram bullying contra colegas

Segundo USP de Ribeirão, preconceito aumentou nas escolas brasileiras.

Prática é proporcionalmente maior entre meninos, de acordo com estudo.


A presença de casos de bullying em escolas brasileiras aumentou de 5% para 7%, segundo pesquisa do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizada com contribuição da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP), da Universidade de São Paulo (USP). O levantamento apontou ainda que 20,8% dos estudantes praticaram algum tipo de bullying contra os colegas e que a prática é proporcionalmente maior entre os meninos do que entre as meninas.
Hoje universitária, uma estudante de Ribeirão Preto (SP) que prefere não ser identificada afirma que sofreu bullying no colégio. “Me chamavam de gordinha, pegaram em um ponto que me incomoda muito”, relembra. Atualmente, ela recebe acompanhamento psicológico e afirma que apoio escola e dois pais foi fundamental. “Busquei aconselhamento com a coordenação e com os meus pais, mas é uma marca que fica”, comenta.
O relato da estudante é um dos 109.104 colhidos em todos os estados brasileiros em 2009 e 2012 e que serviram de base para a pesquisa. Na comparação entre os dois períodos foi possível observar que os casos de humilhação, agressão ou preconceito estão em evidência no ambiente escolar. “Pode parecer que tenha aumentado porque aumentou a agressividade, mas acreditamos também que a população está mais informada sobre isso”, diz a pesquisadora Marta Angélica Iossi Silva.


Motivos
A pesquisa foi feita em escolas públicas e particulares e aponta que 51% dos estudantes disseram ainda que não sabem os motivos que fizeram com que eles praticassem o bullying apenas uma pequena parte conseguiu explicar as causas do preconceito.
Para 18,6% dos pesquisados, o bullying ocorreu devido à aparência do corpo, seguido da aparência do rosto (16,2%). Casos envolvendo raça ou cor representam 6,8% dos relatos, orientação sexual 2,9%, religião 2,5% e região de origem 1,7%.
O bullying também é proporcionalmente maior entre estudantes do sexo masculino (26,1%) do que o feminino (16%). Tanto a pesquisa de 2009 quanto a de 2012 apontou que os meninos são os que se envolvem mais, tanto como vítimas como agressores, e o fator que pode ser explicativo é o fato de os meninos se aventurarem mais nas relações, além da cultura ocidental e brasileira, mais ligada ao gênero masculino, que tem que se mostrar mais poderoso, mais ativo que as meninas”, comenta Marta.
Para a psicóloga Danielle Zeoti, o bullying pode ser considerado uma doença. “É um comportamento alterado, típico de uma patologia e aquele adolescente que sente prazer no sofrimento do outro e deliberadamente provoca o sofrimento no outro precisa de ajuda porque isso pode ser sintoma de alguma doença que está em instalação ou de algo instalado, como um transtorno de conduta”, diz.
as meninas agressoras costumam espalhar rumores mentirosos, ou ameaçarem e espalharem segredos para causar mal-estar.
As ameaças podem vir acompanhadas de extorsão, chantagem para obter dinheiro, sobretudo com alunos de e série.

Comentário (por Lucas Henrique Hajzok Martins)


No texto é citado que 20% dos alunos da pesquisa praticaram bullying contra os colegas e que a prática é proporcionalmente maior entre os meninos do que entre as meninas.
Também fala que os casos de bullying são maiores no ambiente escolar e que boa parte dos agressores não sabem os motivos que os levam à esta prática, e que outros agressores levam em consideração a aparência do corpo ou do rosto. também os que levam em consideração a raça ou cor, orientação sexual, religião ou até mesmo a região de origem.
Há o argumento de que o bullying é maior entre os estudantes do sexo masculino do que o feminino porque os meninos se aventuram mais nas relações, além da cultura ocidental e brasileira, mais ligada ao gênero masculino, que tem que se mostrar mais poderoso que as meninas.
No texto também é dito que o bullying pode ser considerado uma doença pois é um comportamento alterado, típico de uma patologia e aquele adolescente que sente prazer no sofrimento do outro e deliberadamente provoca o sofrimento precisa de ajuda, porque isso pode ser sintoma de alguma doença que está em instalação ou de algo instalado, como um transtorno de conduta.

 


 

Texto 2

Bullying na Escola

Bullying é um ato caracterizado pela violência física e/ou psicológica, de forma intencional e continuada, de um indivíduo, ou grupo contra outro(s) individuo(s), ou grupo(s), sem motivo claro.



No Brasil, a palavra “Bullying” é utilizada principalmente em relação aos atos agressivos entre alunos e/ou grupos de alunos nas escolas. Até pouco tempo, o que hoje reconhecemos como Bullying, era visto como fatos isolados, “briguinhas de criança”, e normalmente família e escola não tomavam atitude nenhuma a respeito.
Atualmente o Bullying é reconhecido como problema crônico nas escolas, e com consequências sérias, tanto para vítimas, quanto para agressores.
As formas de agressão entre alunos são as mais diversas, como empurrões, pontapés, insultos, espalhar histórias humilhantes, mentiras para implicar a vítima a situações vexatórias, inventar apelidos que ferem a dignidade, captar e difundir imagens (inclusive pela internet), ameaças (enviar mensagens, por exemplo), e a exclusão.
Entre os meninos, os ataques mais comuns são os físicos. Ainda que não efetivada a agressão, os agressores costumam ameaçar, meter medo em suas vítimas.
as meninas agressoras costumam espalhar rumores mentirosos, ou ameaçarem e espalharem segredos para causar mal-estar.
As ameaças podem vir acompanhadas de extorsão, chantagem para obter dinheiro, sobretudo com alunos de e série.
Tanto vítimas, quanto agressores podem sofrer consequências psicológicas desta situação de abuso, porém o que normalmente acontece, é que todas as atenções dos responsáveis (pais e professores) se voltem para o agressor, visto como um marginal em potencial, e a vítima é esquecida.
O Bullying atrapalha inclusive a aprendizagem, sendo que normalmente os agressores são as crianças com maior porcentagem de reprovação.
Os casos de agressão, que acontecem por um período maior devem ser encaminhados para atendimento psicológico.

Comentário (por Ian Marques Breda):

A sociedade se preocupa com o bullying a pouco tempo, visto que os pais e o corpo docente das escolas o tratavam como briguinha de crianças.
Porém, esse tipo de agressão é extremamente grave, pois acaba com a moral e com a saúde física/mental das vítimas, deixando-as suscetíveis à depressão, que pode desencadear outras doenças relacionadas ao stress além de ideias suicidas.
A intimidação sistemática destrói a integridade e também atrapalha o aprendizado escolar, que as vítimas se preocupam com os agressores, que tem altos índices de reprovação.


Texto 3

Menina sofre bullying e apanha na saída da escola em Piracicaba, SP

Jovem de 12 anos relatou que era chamada de '‘gorda’' pelas agressoras. Pais levaram o caso à Polícia Civil, que registrou boletim de ocorrência.


Uma estudante de 12 anos foi agredida na rua em frente à Escola Estadual João Guidotti, na tarde desta segunda-feira (23), no bairro Morumbi, em Piracicaba (SP). De acordo com a adolescente, a agressão ocorreu na saída da aula, quando ao menos cinco meninas a cercaram e começaram a bater. A garota relatou ainda que um mês vem sofrendo bullying na escola. “Elas me chamam de gorda e dizem que tenho um monte de estrias”, afirmou. Após a agressão, a mãe da jovem a levou para a delegacia, onde foi registrado um boletim de ocorrência. Nesta terça-feira (24), a adolescente passou por exame de corpo de delito. Ela tem ferimentos nas costas e no rosto.

O pai da estudante, o pedreiro Nilson Tancredo, acredita que a agressão tenha sido premeditada, que enquanto algumas meninas batiam outras filmavam a ação. “Fiquei horrorizado. Minha filha chegou em casa toda ensanguentada e um bando de garotas perseguindo ela. Só pararam de bater porque ela fugiu e, como moramos a poucos metros da escola, eu sai na rua para ajudar.
Segundo o pedreiro, a menina conseguiu fugir porque um motorista apartou a briga para conseguir passar com o veículo na rua em frente à escola. Tancredo disse ainda que a filha sofre bullying um mês. “Houve uma conversa na escola sobre o caso, mas não adiantou. Minha filha foi agredida, sem contar que ela não quer mais fazer as refeições porque está traumatizada. ”
Nesta terça-feira, o pai da garota não foi trabalhar por temer novas agressões, que uma das meninas ameaçou mandar o irmão dela, de 17 anos, bater na jovem. Ele disse ainda que as agressoras passaram na frente da casa da família nesta terça-feira fazendo novas ameaças. Como vou me sentir seguro? Eu posso levar e buscar minha filha na escola, mas como ficar tranquilo se novas agressões podem acontecer dentro da escola?, afirmou o pai da estudante, que não foi à escola nesta terça-feira.
Em entrevista ao G1, os pais da aluna também reclamam da falta de segurança na porta da escola, que no momento da agressão não havia nenhum tipo de policiamento externo. Consultada sobre o caso, a Secretaria de Estado da Educação informou que a briga ocorreu no lado de fora da escola. Sobre a reclamação de bullying, a pasta relatou que as ações pedagógicas que cabem à instituição são feitas permanentemente com os estudantes. A secretaria disse também que os pais das meninas envolvidas na agressão foram convocados para una reunião com a diretoria.

Comentário (por Marcos Vinicius Lira)

Nesta reportagem é notório que uma menina foi agredida por um grupo de meninas de sua escola pelo simples fato das agressoras não gostarem do corpo da vítima. Além das agressões físicas, a vítima também sofreu humilhações, como ser chamada de “gorda” além de dizerem que diversas estrias na mesma. O pai da menina está preocupado com futuras agressões e afirma que a filha conseguiu fugir pois recebeu ajuda de um motorista e dele mesmo, pelo motivo de que houve uma falta de intervenção da escola.
Através da reportagem é importante lembrar que o bullying acontece em diversos lugares, e que devemos lutar para seu fim.




Texto 4

Bullying na adolescência e suas causas

Um dos vilões da adolescência, sem dúvida, é o bullying. A prática é caracterizada por atos de violência, física ou psicológica, intencional ou repetido, praticado por um indivíduo ou um grupo. Segundo uma pesquisa realizada pelo IBGE no primeiro semestre de 2013, essa ação envolve quase 30% dos estudantes brasileiros. E a grande maioria é formada por agressores e não por quem sofre a violência. Para a psicóloga Luciana Cosenza, o bullying tem um efeito desastroso na vida do adolescente. “Esta é uma fase da vida em que a aceitação social tem um papel fundamental e o bullying vem contrariando isso.”, explica.
A psicóloga Luciana diz ainda que os casos mais comuns são de agressões verbais, moral, psicológica (como chantagens e manipulações) e virtual (praticados pela internet). O bullying geralmente ocorre dentro das escolas, mas pode acontecer em qualquer contexto social, como na vizinhança e dentro da própria família. O autor do bullying, o agressor, geralmente são adolescentes que querem ser mais populares e obter uma boa imagem de si.
A vítima geralmente são pessoas mais frágeis, físicas e emocionalmente. Pessoas tímidas e com dificuldade de entrosamento social são os maiores alvos do bullying. São constantemente ameaçadas, isoladas, ofendidas discriminadas e ainda tem seus objetos roubados ou quebrados. E a reação a esses tipos de agressões é quase nula.
Marcielle Guimarães, estudante, disse que já sofreu muitos ataques na escola. “As meninas me humilhavam verbalmente de todas as formas possíveis.”, diz. Segundo Marcielle, as agressões aconteciam por suas notas serem boas. Mariana Enoque, publicitária, diz que na época da escola sofreu com o bullying. “Já sofri dois tipos. Um por causa do tamanho do meu pé, sendo que não sou tão alta. E outro porque era gordinha quando mais nova.”, comenta. Já a estudante Júlia Fernandes sofreu agressões em função do cabelo. “Na escola eu vivia com o cabelo preso, mas as meninas sempre colocavam apelidos em mim. Até que comecei a escová-lo”, conta.

No entanto, existem adolescentes que nunca sofreram com as agressões. Giselle Grazielle, estudante, tem sigmatismo, mais conhecido como língua presa, e diz que nunca sofreu bullying por isso. “Sempre tem algumas piadinhas quando as pessoas notam, mas nunca passou de brincadeira.”, afirma. Carlos Costa, também estudante, afirma que nunca passou por nenhum tipo de agressão na escola.

Como perceber o adolescente que sofre com o bullying?


Na maioria dos casos de bullying a vítima quase nunca procura ajuda. O medo costuma ser maior do que a vontade de ser ajudado. Mas, se a vítima não procura ajuda, como notar que ela sofre? “O comportamento da vítima de bullying muda. Em primeiro lugar passando a evitar o ambiente que lhe é hostil.”, diz a psicóloga Luciana Cosenza. A profissional também diz que a vítima pode apresentar sinais de depressão, retraimento social e baixa autoestima.
Segundo a pesquisa realizada pelo IBGE no primeiro semestre deste ano, uma das maiores consequências dessa violência é a psicológica, levando ao descontentamento com a própria imagem. O IBGE destaca que um terço das meninas que foram entrevistadas estava tentando emagrecer, pois se achavam gordas ou muito gordas. Em contrapartida, a prioridade entre os meninos era a de ganhar peso.
Muitos são os traumas causados por essas agressões. Marcielle diz que não consegue falar em público. “Sempre me diminuo.”, comenta. Júlia conta que não fica com o cabelo molhado perto das pessoas. “Sei que vão falar e eu não vou gostar.”, afirma. No entanto, Mariana fala que não teve nenhum trauma. “Me aceito do jeito que sou. Hoje sou magra e aceitei o meu pé”, comenta sorrindo.
As entrevistadas não precisaram de acompanhamento psicológico, pois o diálogo em casa as ajudou. Mas, há adolescentes que precisam de um acompanhamento, principalmente quando se fecham demais. “O tratamento depende dos efeitos gerados pelo bullying na vítima.”, diz Luciana. Ela ainda diz que não pode afirmar se será demorado ou não, dependendo da reação de cada um. Segundo o artigo da psicóloga Marisa Morais, o tratamento ajuda a vítima das agressões de bullying a se fortalecer emocionalmente, ensinando a se defenderem dos constantes ataques.

Comentário (por Dhiego Cassiano Fogaça Barbosa)
No texto acima, vemos que o bullying é considerado como um dos grandes vilões da adolescência. Podemos notar também que é descrito como o bullying pode ser praticado. É válido citar também a presença de dados estatísticos que descrevem o bullying e quem é a principal vítima, que no caso são os adolescentes.
Temos ainda relatos de mães e adolescentes que já sofreram bullying, e através deles podemos notar o quão o bullying é algo que pode causar muitos danos físicos e principalmente danos psicológicos (alguns até permanentes). Temos ainda no texto dicas de como identificar se um adolescente está ou não sofrendo bullying.

Texto 5

Cyberbullying: a violência virtual

Na internet e no celular, mensagens com imagens e comentários depreciativos se alastram rapidamente e tornam o bullying ainda mais perverso. Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuada mesmo fora da escola. E o que é pior: muitas vezes, ela não sabe de quem se defender.
Todo mundo que convive com crianças e jovens sabe como eles são capazes de praticar pequenas e grandes perversões. Debocham uns dos outros, criam os apelidos mais estranhos, reparam nas mínimas “imperfeições”. Na escola, isso é bastante comum. Implicância, discriminação e agressões verbais e físicas são muito mais frequentes do que o desejado. Esse comportamento não é novo, mas a maneira como pesquisadores, médicos e professores o encaram vem mudando. Há cerca de 15 anos, essas provocações passaram a ser vistas como uma forma de violência e ganharam nome: bullying (palavra do inglês que pode ser traduzida como “intimidar” ou “amedrontar”). Sua principal característica é que a agressão (física, moral ou material) é sempre intencional e repetida várias vezes sem uma motivação específica. Mais recentemente, a tecnologia deu nova cara ao problema. E-mails ameaçadores, mensagens negativas em sites de relacionamento e torpedos com fotos e textos constrangedores para a vítima foram batizados de cyberbullying. Aqui, no Brasil, vem aumentando rapidamente o número de casos de violência desse tipo.
Existem três motivos que tornam o cyberbullying ainda mais cruel que o bullying tradicional:
  • No espaço virtual, os xingamentos e as provocações estão permanentemente atormentando as vítimas. Antes, o constrangimento ficava restrito aos momentos de convívio dentro da escola. Agora é o tempo todo.
  • Os jovens utilizam cada vez mais ferramentas de internet e de troca de mensagens via celular, e muitas vezes se expõem mais do que devem.
  • A tecnologia permite que, em alguns casos, seja muito difícil identificar o(s) agressor(es), o que aumenta a sensação de impotência.
Raissa, de 13 anos, conta que colegas de classe criaram uma comunidade no Orkut em que comparavam fotos suas com as de mulheres feias. Tudo por causa de seu corte de cabelo. “Eu me senti horrorosa e rezei para que meu cabelo crescesse depressa”.
Esse exemplo mostra como a tecnologia permite que a agressão se repita indefinidamente. A mensagem maldosa pode ser encaminhada por e-mail para várias pessoas ao mesmo tempo e uma foto publicada na internet acaba sendo vista por dezenas ou centenas de pessoas, algumas das quais nem conhecem a vítima. “O grupo de agressores passa a ter muito mais poder com essa ampliação do público”, destaca Aramis Lopes, especialista em bullying e cyberbullying e presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria. Ele chama a atenção para o fato de que há sempre três personagens fundamentais nesse tipo de violência: o agressor, a vítima e os espectadores. Além disso, de acordo com Cléo Fante, especialista em violência escolar, muitos efeitos são semelhantes para quem ataca e é atacado: deficit de atenção, falta de concentração e desmotivação para os estudos.
Esse tormento permanente que a internet provoca faz com que a criança ou o adolescente, humilhados não se sintam mais seguros em lugar algum, em momento algum. Na comparação com o bullying tradicional, bastava sair da escola e estar com os amigos de verdade para se sentir seguro. Agora, com sua intimidade invadida, todos podem ver os xingamentos e não existe fim de semana ou férias. “O espaço do medo é ilimitado”, diz Maria Tereza Maldonado, psicoterapeuta e autora de A Face Oculta, que discute as implicações desse tipo de violência. Pesquisa feita este ano pela organização não governamental Plan com 5 mil estudantes brasileiros de 10 a 14 anos aponta que 17% já foram vítimas de cyberbullying no mínimo uma vez. Desses, 13% foram insultados pelo celular e os 87% restantes por textos e imagens enviados por e-mail ou via sites de relacionamento.

Comentário (por João Vitor Martineli)

O texto mostra como o cyberbullying pode ser ainda pior que o bullying tradicional, já que ele passa a ocorrer não só na escola, mas em todo lugar, e a vítima não tem mais uma zona de conforto. Os agressores podem criar comunidades em redes sociais apenas para a prática do bullying, que se espalha pela internet.
Também é citado que “O grupo de agressores passa a ter muito mais poder com essa ampliação do público”, destaca Aramis Lopes, além de que a tecnologia permite que, em alguns casos, seja muito difícil identificar o(s) agressor(es), o que aumenta a sensação de impotência. Esses itens tornam o cyberbullying ainda pior.


Fórmulas

Idades: utilização das fórmulas de média (=MÉDIA), mediana (=MEDIANA) e moda (esta calculada manualmente), também foi utilizada a fórmula do desvio padrão (=DESVPAD)
Em todos os cálculos foram utilizadas fórmulas para cálculo de porcentagem (P / T * 100)


Referências bibliográficas

Internet
PACIEVITCH, Thais. Bullying na Escola, InfoEscola. Disponível em: <http://www.infoescola.com/sociologia/bullying-na-escola>. Acesso em 9 mai. 2017.
G1 Ribeirão e Franca. Pesquisa aponta que 20% dos alunos já praticaram bullying contra colegas. G1 – O portal de notícias da Globo, Ribeirão Preto, 21 mai. 2015. Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2015/05/pesquisa-aponta-que-20-dos-alunos-ja-praticaram-bullying-contra-colegas.html>. Acesso em 9 mai. 2017.
G1 Ribeirão e Franca. Menina sofre bullying e apanha na saída da escola em Piracicaba, SP. G1 O portal de notícias da Globo, 24 set. 2013. Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2013/09/menina-sofre-bullying-e-apanha-na-saida-da-escola-em-piracicaba-sp.html>. Acesso em 9 mai. 2017.
O Estado RJ. Bullying na adolescência e suas causas. O Estado RJ, Rio de Janeiro, 23 set. 2013. Disponível em: <http://www.oestadorj.com.br/comportamento/bullying-na-adolescencia-e-suas-causas/>. Acesso em 16 mai. 2017.
SANTOMAURO, Beatriz. Cyberbullying: a violência virtual. Nova Escola. 01 jun. 2010. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/1530/cyberbullying-a-violencia-virtual>. Acesso em 29 mai. 2017.